Scrum: Parte 1

Histórico

   Antes de falar de Scrum é importante contextualizar a motivação para sua criação:
 As abordagens tradicionais de desenvolvimento de softwares exigem muito planejamento e documentação o que engessa e muitas vezes atrapalha o resultado esperado. 
   Nos anos 80 havia uma insatisfação com essas abordagens e surgiu um movimento a favor do foco no desenvolvimento do sistema e menos no planejamento e documentação. Desse movimento gerou-se o manifesto ágil.
   Manifesto ágil – declaração pública que afirma:    
   "Estamos descobrindo melhores maneiras de desenvolver softwares, fazendo-os e ajudando os outros a fazê-lo. Através desse trabalho, valorizamos mais: Indivíduos e interações do que processos e ferramentas; Software em funcionamento do que documentação abrangente; Colaboração do cliente do que negociação de contrato; Resposta a mudanças do que seguir um plano; Ou seja, embora itens à direita sejam importantes, valorizamos mais os que estão à esquerda.” 
   
   Não quer dizer que as metodologias ágeis repudiam planejamento, documentação, etc, mas que elas prezam mais os indivíduos, colaboração com os clientes, fexibilidade e sofware funcionando.

SCRUM

   Foi neste contexto que surgiu o Scrum:
   Inicialmente, o Scrum foi concebido como um estilo de gerenciamento de projetos em empresas de fabricação de automóveis e produtos de consumo, por Takeuchi e Nonaka no artigo "The New Product Development Game" (Harvard Business Review, Janeiro-Fevereiro 1986). Eles notaram que projetos usando equipes pequenas e multidisciplinares produziram os melhores resultados, e associaram estas equipes altamente eficazes à formação Scrum do Rugby. Jeff Sutherland , John Scumniotales e Jeff McKenna conceberam, documentaram e implementaram o Scrum, conforme descrito abaixo, na empresa Easel Corporation em 1993, incorporando os estilos de gerenciamento observados por Takeuchi e Nonaka. Em 1995, Ken Schwaber formalizou a definição de Scrum e ajudou a implantá-lo no desenvolvimento de softwares em todo o mundo.(adaptado da wikepedia)
      

   A comparação com o Rugby se deve ao fato de que as equipes Scrum devem ser muito coesas e se um falhar todo o time falha. O que acontece nos times do Rugby.
   Depois ele foi aplicado principalmente ao desenvolvimento de sofware e hoje é um dos frameworks mais utilizados.
   

   Papéis e Responsabilidades: 

   A estrutura do Scrum compreende times pequenos, autogerenciáveis, que assumem papéis e responsabilidades que caracterizam sua metodologia:
   O time Scrum é composto por três papéis: Scrum Master, Product Owner e o Time. 
   Scrum Master – responsável por garantir que o Time Scrum está seguindo as práticas e regras do Scrum. Ele ajuda a remover obstáculos que atrapalhem seus objetivos. Ele não é o gerente da equipe, pois, para o Scrum, as equipes devem ser autogerenciáveis. 
   Product Owner – é o único responsável pelo gerenciamento do backlog do produto e por garantir o valor do trabalho realizado pelo time. Cabe a ele, também, priorizar os itens do backlog. Como o nome diz ele é o dono do produto, ou seja, responsável por entender o negócio e entregar o valor ao cliente. 
   Time – Desenvolvedores que trabalham na transformação do backlog do produto em entregas ao cliente.  

   Artefatos Scrum: 

   Backlog – conjunto de requisitos do produto que serão entregues pelo time de desenvolvimento. 
   Sprint – iteração que deve durar de 2 a 4 semanas com uma meta definida e um objetivo claro a ser atingido. As sprints devem possuir escopo fechado, ou seja, não se fará nem mais nem menos do que o planejado . 

   Dentro da sprint ocorrem as cerimônias do SCRUM: reuniões de planejamento da sprint, trabalho de desenvolvimento, a revisão da sprint e a retrospectiva da sprint. 
   Veremos isto no próximo post!


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